Três vezes campeão da elite do futebol do Distrito Federal (1985, 1986 e 2018), o Sobradinho está na UTI desde seu rebaixamento, em 2021. Porém, desde então, o clube não conseguiu superar o baque e ter qualquer competitividade na Segunda Divisão masculina. Em busca de novos ares após renúncia do então presidente Túlio Lustosa, assembleia de sócios do Sobradinho elegeu Gildo Vianna como o novo mandatário do clube, com a missão de reerguer o Sobradinho e retornar à elite local.
A eleição, por aclamação, se deu no último domingo (16/06) à frente do estádio Augustinho Lima, com a presença de aproximadamente 30 torcedores do Leão da Serra. As negociações para o novo nome já tinham se dado nos bastidores e efetivaram a opinião do, agora, aclamado Presidente de Honra do Sobradinho, o Deputado Distrital Ricardo Vale.
Ricardo Vale foi apontado, nas últimas semanas, como favorito para o cargo de presidente do Sobradinho, mas preferiu uma função de honraria que de efetiva responsabilidade administrativa. Diz-se que o argumento do político foi, exatamente, suas funções legislativas.
Sem o nome de Ricardo Vale à disposição do Sobradinho, despontou o ex-integrante da Torcida Organizada Raça Alvinegra, Gildo Vianna, que há mais de 10 anos tem relação com o clube e, em outras oportunidades, ajudou reorganização administrativa da equipe. Mas, na prática, quem deve dar a palavra final sobre os rumos do clube é Ricardo Vale que já foi presidente da agremiação em outras oportunidades.
Renúncia de Túlio Lustosa abriu caminho para nova eleição
Nos últimos anos, o Sobradinho estava sob o comando formal de Túlio Lustosa, que aceitou colocar seu CPF no registro da equipe após o descenso três anos atrás. Porém, Túlio tem seus próprios negócios futebolísticos. Só no período de presidente do Sobradinho, Túlio foi diretor no Botafogo/RJ, na Anapolina/GO e, atualmente, está na diretoria de futebol da Aparecidense que joga a Série C do Campeonato Brasileiro.
O desempenho sofrível em 2023 foi a gota d’gua. O Sobradinho não fez um ponto sequer, marcou apenas 2 gols e tomou 27. O distanciamento de Lustosa dos problemas do dia a dia da equipe no torneio, bem como diante das categorias de base, fez os sócios e torcedores da equipe aumentarem a pressão em cima de Lustosa.
No meio do caldeirão, a terceirização da marca Sobradinho para o grupo de Andréa Pontes disputar torneios femininos foi outro problema. Conforme o Distrito do Esporte noticiou, Andréa foi acusada por ex-jogadoras de não pagar salários, nem fornecer condições de trabalho para as atletas. Ela negou, à época, as acusações. Porém, o nome do Sobradinho seguia nas manchetes de confusão, com Lustosa alheio a estes fatos, o que desagradava sócios do Sobradinho.
A proximidade de uma nova edição do Candangão Série B foi a oportunidade para o grupo de Vale pressionar Lustosa a renunciar ao cargo e abrir espaço para o retorno do grupo que, durante mais de uma década, comandou o Leão da Serra. É o que se efetivou no último domingo (16/06).
Distrito do Esporte